Páginas

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Hóquei in Rio: esporte sela seu lugar no Brasil

Evento-teste em Deodoro termina com bola na rede, muita emoção e seleção brasileira no alto do pódio: receita perfeita para cair no gosto da torcida



O campo nas cores da bandeira do Brasil era um prenúncio do que estava por vir. O hino nacional tocado antes do início das partidas, a torcida apoiando a seleção de verde e amarelo, a bola balançando a rede e o "gostinho de quero mais" ao fim do Campeonato Internacional de Hóquei Sobre Grama não deixam mentir: o esporte promete arrematar o coração dos brasileiros nos Jogos Rio 2016.

"Porque não amar o hóquei sobre grama? É rápido, emocionante, fácil de entender. As pessoas aqui no Rio amam esporte, especialmente os coletivos, então esperamos que venham, assistam e se inspirem durante os Jogos", disse David Luckes, ex-jogador britânico que é diretor de esporte da Federação Internacional de Hóquei (FIH).


Ainda vai fazer história

O hóquei sobre grama ainda é pouco conhecido no país, mas, de terça-feira (24) a sábado (28), enquanto rolava o evento-teste do esporte para os Jogos Rio 2016, o Centro Olímpico de Hóquei em Deodoro foi tomado por novos amantes do esporte. Para quem o hóquei era novidade, a modalidade ganhou a atenção nos primeiros minutos de jogo. E quem já conhecia passou a gostar ainda mais.


"Não conhecia o hóquei, mas gostei demais. É um esporte intenso, emocionante. Tirei férias para trabalhar aqui e vou fazer o mesmo no ano que vem, durante os Jogos"

Jairo Oliveira, voluntário de 48 anos que participou do evento-teste

A seleção brasileira fez a parte dela no evento-teste da série Aquece Rio. A maior emoção estava reservada para o fim do campeonato: no último jogo do evento-teste, o Brasil venceu o Chile na decisão masculina, na disputa de shootouts (os "pênaltis" do esporte) por 3 a 2, após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar.
"Foi muita emoção. A minha missão é mesmo a de marcar gols, então eu tenho que marcar. Se estou conseguindo, é bom sinal", comemorou Matheus Borges, camisa 10 da equipe que marcou o último gol do Brasil nos shootouts e selou o pódio.
Trinidad e Tobago ficou com o terceiro lugar no torneio masculino após vitória por 3 a 1 sobre o México. Na disputa feminina, bronze para o Paraguai, que levou a melhor sobre o Brasil por 2 a 1. A final foi entre Barbados e Peru, com as barbadianas levando a melhor por 3 a 0.

Estrutura e organização

Além dos voluntários que tiveram a chance de acompanhar o evento-teste do hóquei sobre grama, atletas de sete países que estiveram em ação durante os cinco dias de competição mostraram-se satisfeitos com a instalação.

"Os campos são lindos. Não temos um campo assim no Peru. E todos que trabalharam aqui são muito simpáticos. A organização foi ótima", disse capitã peruana Claudia Ardiles, medalhista de prata no evento-teste.

"Gostamos demais de estar no Brasil e jogar aqui durante essa semana", contou Tricia-Ann Greaves, que marcou um dos gols de Barbados na final deste sábado (28).

Além do campo de jogo, as 25 áreas testadas pelo Comitê Rio 2016 foram aprovadas durante o campeonato, com destaque para os serviços médicos, de resultados e competições esportivas, que operaram nos mesmos moldes dos Jogos.  

"Tudo o que tivemos para testar foi testado e aprovado. E isso se deve à integração entre as equipes que operaram aqui. Tivemos um ótimo retorno em relação à competição esportiva. Atletas e a Federação Internacional ficaram muito satisfeitos com os campos e as instalações, aprovados inclusive pela equipe bicampeã Olímpica", afirmou Luciano Elias, gerente geral da instalação de hóquei sobre grama do Comitê Rio 2016, se referindo à visita da seleção feminina da Holanda.

Abrindo os caminhos no Brasil

Apesar de ser forte candidato a "esporte revelação" durante os Jogos Rio 2016, o hóquei sobre grama ainda precisa chamar a atenção dos brasileiros. Heróis da dramática classificação do Brasil para o Rio 2016, Matheus Borges e Rodrigo Faustino contaram ao site rio2016.com como vai ser jogar, pela primeira vez, o torneio mais importante do esporte - e com a torcida a favor.

Centro das atenções


Quer aumentar a popularuidade do hóquei sobre grama? Chama a seleção feminina da Holanda. Além de craques, as bicampeãs Olímpicas são as musas do esporte e chamam a atenção por onde passam - e não foi diferente durante a visita ao Centro Olímpico de Hóquei Rio 2016, nesta sexta-feira (27).

Equipe diferente em campo



Que tal bater uma bola no campo onde serão coroados os futuros campeões Olímpicos? Na quarta-feira (25), as crianças do Transforma, Programa de Educação Rio 2016, tiveram esta oportunidade - e conversaram com os craques da seleção masculina do Brasil.


Tem ingresso



Deu vontade de ver o hóquei sobre grama nos Jogos Olímpicos? É rápido, fácil e barato: basta entrar no Portal de Ingressos Rio 2016, selecionar a sessão desejada e garantir seu lugar. Ainda tem ingressos para disputa de medalhas por R$ 60.


domingo, 29 de novembro de 2015

Comitê Olímpico Americano lança ensaio com atletas "no clima" do Rio de Janeiro

O Comitê Olímpico Norte-Americano (USOC) lançou nesta semana o ensaio de fotos "Portraits for Rio". A ideia é colocar os atletas no "clima" da Cidade Maravilhosa, embalando os Estados Unidos para o maior evento esportivo do planeta. Os atletas posaram a caráter, com os uniformes que utilizam. Todos eles foram clicados com uma imagem icônica do calcadão ao fundo.

Foram selecionados tanto grandes astros, do quilate de um Michael Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas, até atletas desconhecidos do grande público, como Paige Selenski, jogadora da seleção americana de hóquei sobre grama. Paige ganhou certa notoriedade ao posar para a famosa "Body Issue", da revista da ESPN, apenas com o taco na mão. 

Cotadíssima para mais uma vez terminar uma edição da Olimpíada no topo do quadro de medalhas, os Estados Unidos amealharam 104 medalhas nos Jogos de Londres.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

COB divulga candidatos ao Troféu Melhor Atleta do Ano

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou, na última terça-feira, os seis candidatos ao troféu de Melhor Atleta do Ano. Após votação do colégio eleitoral do Prêmio Brasil Olímpico 2015, foi definido que Ágatha/Bárbara Seixas (vôlei de praia), Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Fabiana Murer (atletismo) disputarão o prêmio no feminino, enquanto que Alison/Bruno Schimdt (vôlei de praia), Isaquias Queiroz (canoagem) e Marcelo Melo (tênis) competirão entre os homens.
Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia a ser realizada no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro, no dia 15 de dezembro. No ano passado, Arthur Zanetti (ginástica artística) e a dupla Martine Grael/Kahena Kunze (vela) foram os premiados.
Além dos seis mais votados para o troféu de Melhor Atleta do Ano, o COB divulgou os melhores atletas de 2015 em casa uma das 49 modalidades. Todos eles serão homenageados durante o Prêmio Brasil Olímpico. O evento ainda fará uma homenagem especial àqueles que ganharam medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho.
A escolha dos melhores de cada modalidade e a definição dos dois atletas (ou duplas) que conquistarão o Troféu Melhor Atleta do Ano foram realizadas por um júri integrado por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Palestra sobre tênis com Thiago Aguiar

O Facom nas Olimpíadas apresenta mais uma palestra sobre um esporte olímpico. Desta vez, um esporte tradicional e que já teve um brasileiro como número 1 do mundo. E que tem hoje o melhor do mundo nas duplas: Marcelo Melo.
O tenista e professor Thiago Aguiar comenta a origem do esporte nas Olimpíadas, as regras, as características da quadra, e diversos temas que envolvem o tênis.



Saiba mais sobre...
- O jogo
- Diferenças entre masculino e feminino
- Principais competições
- Tiebreak
- A raquete
- Influências do clima
- Situações de jogo
- Diferenças entre os pisos
- Arbitragem 
- O Saque 
- O desafio 
- A escolha do piso das Olimpíadas 
- As chances do Brasil nos Jogos 
- Principais favoritos 
- Como os atletas encaram as Olimpíadas 
- Torcida 
- Termos mais comuns 
- Táticas 
- A quadra 
- O que o jornalista deve observar 
- Erros numa transmissão 
 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Facom nas Olimpíadas recebe Thiago Aguiar para palestra sobre tênis!

Thiago, ao lado de Rafael Nadal, 9 vezes campeão de Roland Garros
O projeto Facom nas Olimpíadas recebe, nesta quinta-feira, o professor de tênis Thiago Aguiar. Dono e coordenador técnico da Arena Tênis Clube, Thiago já possui mais de 10 anos de experiência com o tênis.
A gravação da palestra acontece amanhã, às 14h, e será postada aqui no blog.

Mande suas perguntas!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Começa hoje venda direta de mais 2 milhões de ingressos para os Jogos


Depois de duas fases de sorteio, os Jogos Olímpicos de 2016 vão iniciar às 10h (de Brasília) desta terça-feira (20) a venda direta de ingressos. A nova etapa incluirá um contingente de 2 milhões de bilhetes (44% do total) e terá sessões que estavam esgotadas, como cerimônias de abertura e encerramento, prova final dos 100 m rasos e decisões de modalidades como basquete, handebol, futebol e tênis.
A fase de venda direta inclui 518 sessões – os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro têm um total de 694. Entre os ingressos disponíveis, 31% custam até R$ 70 e 51% serão comercializados por até R$ 100.
O processo de compra acontece no site www.rio2016.com/ingressos. O pagamento deve ser feito com um cartão de crédito, em até três vezes. Pessoas com mais de 60 anos e cadeirantes têm condições especiais em todos os ingressos. Para estudantes e pessoas com deficiência, a meia-entrada vale para a categoria mais barata.

Larissa é eleita a melhor jogadora de vôlei de praia do mundo em 2015

Larissa, aos 33, coleciona títulos na carreira
Campeã mundial, pan-americana e medalhista olímpica, Larissa França tem mais um título para colecionar no vôlei de praia. A brasileira foi eleita a melhor jogadora do mundo na modalidade em 2015.
O prêmio é concedido pela Federação Internacional de Vôlei de Praia (FIBV) e a votação é feita por juízes, jogadores e técnicos do circuito mundial. Para ser eleita a melhor jogadora de vôlei de praia do mundo, Larisa levou dois prêmios: atleta mais excepcional e com melhor jogo ofensivo.
"Esses prêmios são tão especiais pra mim porque o circuito mundial da FIBV reúne os melhores entre melhores jogadores do mundo jogando um contra o outro toda semana", afirmou a brasileira.
Larissa já havia levado o prêmio de melhor jogadora em 2006. Agora, além de ser considerada a melhor jogadora do mundo, Larissa viu sua atual parceira também ser premiada pela FIBV. Talita ganhou o prêmio de melhor atacante do ano.
"Vôlei de praia é um esporte de equipe e eu compartilho esses prêmios com Talita , que é um companheira de equipe tão incrível para mim. Juntas, nós ganhamos esses prêmios. A concorrência é feroz, mas quando estamos na quadra somos verdadeiramente uma força. Nosso objetivo é continuar assim até os Jogos Olímpicos no Rio em 2016", finalizou.
Entre as principais conquistas de Larissa, estão um título mundial de vôlei de praia em 2011, dois ouros pan-americanos e sete títulos brasileiros. Além disso, ela também conquistou sete etapas do circuito mundial de vôlei e uma medalha de bronze olímpica em 2012.

FONTE: Uol

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Conheça Todos os Porta-Bandeiras do Brasil nas Olimpíadas



O Brasil disputou sua primeira Olimpíada em 1920, na Antuérpia, cidade belga. E Afrânio Antônio da Costa foi o primeiro brasileiro a carregar a bandeira nacional em uma cerimônia de Abertura. Para as Olimpíadas do Rio, em 2016, ainda não foi escolhido o porta-bandeira. Conheça todos os atletas que tiveram essa honraria!


Antuérpia 1920 - Afrânio Antônio da Costa (Tiro Esportivo) 
Paris 1924 - Alfredo Gomes (Atletismo) 
Los Angeles 1932 - Antonio Pereira Lira (Atletismo) 
Berlim 1936 - Sylvio de Magalhães Padilha (Atletismo) 
Londres 1948 - Sylvio de Magalhães Padilha (Atletismo) 
Helsinque 1952 - Mario Jorge da Fonseca Hermes (Basquete) 
Melbourne 1956 - Wilson Bombarda (Basquete) 
Roma 1960 - Adhemar Ferreira da Silva (Atletismo) 
Tóquio 1964 - Wlamir Marques (Basquete) 
Cidade do México 1968 - João Gonçalves Filho (Polo aquático) 
Munique 1972 - Luiz Cláudio Menon (Basquete) 
Montreal 1976 - João Carlos de Oliveira (Atletismo) 
Moscou 1980 - João Carlos de Oliveira (Atletismo) 
Los Angeles 1984 - Eduardo Souza Ramos (Vela) 
Seul 1988 - Walter Carmona (Judô) 
Barcelona 1992 - Aurélio Miguel (Judô) 
Atlanta 1996 - Joaquim Cruz (Atletismo) 
Sidney 2000 - Sandra Pires (Vôlei de praia) 
Atenas 2004 - Torben Grael (Vela) 
Pequim 2008 - Robert Scheidt (Vela)
Londres 2012 - Rodrigo Pessoa (Hipismo)

Em 2004, camisinha era tabu para o COB

Em matéria publicada em 20 de junho de 2004, no Jornal O Globo, Rogério Daflon destacava que o Comitê Olímpico Brasileiro decidiu retirar as camisinhas dos kits que seriam entregues aos atletas. A justificativa é que poderia causar constrangimento aos casados. A matéria você confere, na íntegra, abaixo.

Entidade decide tirar preservativos de kits que serão distribuídos aos atletas olímpicos

Numa atitude polêmica, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) resolveu tirar os preservativos do kit que todos os atletas receberão da Johnson & Johnson para as Olimpíadas de Atenas. Uma das justificativas da entidade mais comentada nos bastidores é o constrangimento que a inclusão da camisinha poderia causar aos homens e mulheres casados. Mas também foi levada em conta a preocupação com a imagem da delegação brasileira na Vila Olímpica.

Em nota enviada ao GLOBO pela assessoria de imprensa da entidade, o COB só admitiu o seguinte: "os preservativos vieram em um kit lacrado da Johnson. Quando isso foi percebido pelo COB, decidiu-se tirar esse item do kit, já que o mesmo é fornecido em larga escala pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos a todos os habitantes da Vila Olímpica".

Os dirigentes do COB usaram como estratégia encobrir as razões da decisão. Transformaram assim um assunto trivial num tabu. Alguns atletas classificados para Atenas ficaram surpresos. Outros concordaram com a decisão. Foi o caso de Torben Grael, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta-86, que afirmou que a divulgação de que o COB entregaria um kit com a inclusão de preservativo não somaria nada ao esporte e seria um assunto mais adequado a uma revista de fofoca.

- E pode dar a impressão de que a Vila Olímpica é uma orgia, o que não é verdade de jeito algum. Já basta o que foi divulgado na Austrália - disse Torben.

Nos Jogos de Sydney, em 2000, segundo a rádio australiana ABC, dez mil atletas que ocupavam a Vila Olímpica gastaram cerca de 50 mil preservativos. Seja como for, o velejador Marcelo Ferreira, parceiro de Torben na classe Star e na conquista do ouro em Atlanta, tem outra opinião.

- O fato de ter ou não a camisinha num kit não muda em nada a vida das pessoas. Isso é besteira. Outra coisa: fala-se muito que há orgias na Vila Olímpica. Nunca soube de uma. Isso é uma grande lenda - disse Marcelo.

Jogador da seleção brasileira de vôlei, Anderson mostrou-se contra a resolução do COB.

- A conscientização tem de ser total. Alguém pode se identificar com alguma pessoa e precisar da camisinha - disse o oposto.

Um dos maiores ídolos do time do técnico Bernardinho, o atacante Giovane tem outra visão:

- Não tem necessidade de ter camisinha. O namoro pode acontecer, mas a mente tem de estar voltada para as Olimpíadas.

Companheiro de seleção do atacante, Maurício levantou uma questão com pitada de bom humor:

- Uma camisinha em um kit não tem qualquer problema para alguém casado, que não vai usá-la. Mas pode fazer falta para os solteiros - disse ele, que é casado.

Item será tirado de 235 estojos

Helen Luz, da seleção brasileira feminina de basquete, também acha que o foco tem de ser total nas Olimpíadas. Mas não se incomodaria com a presença de preservativos no seu kit para Atenas:

- Meu casamento é bastante sólido e não se abalaria por causa disso. Isso não tem a menor importância para mim.

Após a exclusão da camisinha, o kit tem itens como solução bucal, esparadrapo, fio dental, creme hidratante, talco e cotonetes. Hoje, o COB guarda em um almoxarifado 235 kits, o número de atletas classificados atualmente para Atenas (119 homens e 116 mulheres). Medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos de Atlanta, Jacqueline Silva disse que hoje em dia a camisinha deve ser encarada como um item obrigatório a ser levado numa bolsa, assim como escova de dentes. A jogadora, porém, afirmou que compreende a atitude do COB.

- Entendo o lado do COB em relação à sua imagem na Vila Olímpica - disse a atleta. 


Fonte: Jornal O Globo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Futuro duvidoso para esporte brasileiro na Rio-2016

     A despeito do reforço de estímulo e de investimento provocados pela realização dos Jogos em casa, o Brasil tem, a menos de um ano para o início do evento, desempenho inferior ao que apresentava, nesta mesma época, em cinco dos nove esportes em que conquistou as 17 medalhas do país em Londres-2012. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) trabalha com a meta ousada de ver atletas brasileiros no pódio por 30 vezes ao longo dos 18 dias de competição. Porém, o objetivo parece cada vez mais distante.
     O mais preocupante é o judô, que faturou quatro medalhas em Londres, uma delas de ouro, com Sarah Menezes, na categoria até 48 kg. Um ano antes, no Mundial de Paris, o Brasil obtivera seis medalhas, sendo três de prata e outras três de bronze. Neste ano, no Mundial de Astana, no Cazaquistão, o desempenho frustrou atletas e dirigentes: duas medalhas de bronze. No ciclo de Londres, metade dos atletas medalhistas no Mundial de 2011 ficaram entre os três primeiros nas Olimpíadas.
     — Acredito que dê para nós trabalharmos e sairmos dessa faixa de 50% (no mundial) para mais. No nosso caso, 50% de dois (Victor Penalber e Erika Miranda), seria um. Um só medalhista em 2016 seria algo muito ruim. Temos de contrariar esta estatística. Temos que evitar que eles se sintam inseguros, mas também é preciso deixá-los fora da zona de conforto — explicou o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.
     Na outra ponta, a vela, que conquistou apenas um bronze em Londres, com Robert Scheidt, agora aparece com um desempenho melhor. De acordo com a Confederação Brasileira, aliás, um rendimento inédito: desde 2013, três títulos mundiais em três classes diferentes e quatro medalhas em uma única edição da Copa do Mundo de Vela, que ocorreu na França. Apesar disso, é preciso lembrar que houve só uma medalha brasileira na forte Regata Internacional de Vela, que serviu de evento-teste para os Jogos.
     — Os resultados ocorreram no auge da temporada. Existe uma demonstração de evolução técnica e de resultados da equipe, que se renovou e ainda mantém atletas mais experientes em alto nível. O Robert Scheidt e a Fernanda Oliveira ainda estão bem. Já a Patrícia Freitas é muito jovem — afirma Daniel Santiago, diretor técnico da confederação de vela.
     Se nos tradicionais carros-chefes de medalhas a situação é essa, nos que tiveram brilho pontual em Londres a situação é de constante para baixo. No boxe, que deu ao Brasil três medalhas em Londres, o desempenho também é pior. No Pan de Guadalajara, foram sete medalhas, cinco de bronze e duas de prata. Em Toronto, 2015, foram apenas duas de bronze. Outro revés é a ausência dos irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, que se profissionalizaram.
     — Temos uma rapaziada boa. Em Londres, tínhamos um destaque, que era o Esquiva, e tivemos duas surpresas. O boxe é muito dinâmico. Muita coisa pode acontecer durante a competição — avalia o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva.

Natação de olho no ranking

     No caso da natação, embora tenha conquistado quatro medalhas no último mundial, em Kazan, na Rússia, o Brasil não faturou ouro e César Cielo foi para casa mais cedo com dores no ombro esquerdo, problema que pode atrapalhar tanto sua preparação quanto o próprio desempenho no Rio. Em 2011, Cielo faturou duas das três medalhas de ouro do país no Mundial. No entanto, Ricardo de Moura, gerente-executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, acredita que o mais importante é ter o maior número de atletas entre os 10 melhores em cada categoria.

     Na ginástica, Arthur Zanetti, campeão olímpico de 2012, se mantém no topo. É campeão mundial e do Pan de Toronto-2015. No pentatlo moderno, Yane Marques, que superara as expectativas em 2012, foi ouro no Pan e bronze no Mundial. Está em quinto no ranking.
    — A conta final é a de que são cerca de oito atletas femininas que podem ganhar medalhas em 2016. Foi o que ocorreu antes de Londres-2012. Não há como dizer quem vai ser medalhista. Mas a Yane está no caminho certo — analisou o tenente-coronel Alexandre França, técnico de Yane.


Matéria: oglobo.globo.com

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ágatha/Bárbara e Pedro/Evandro serão indicados para os Jogos

Evandro (esq.) e Pedro Solberg (dir.) (Imagem: Divulgação/FIVB)
Segundo o site globoesporte.com, as duplas Evandro e Pedro Solberg e Bárbara e Ágatha serão indicadas pela Confederação Brasileira de Vôlei para participar dos Jogos de 2016. Eles se juntarão a Alisson e Bruno Schmitd e Larissa e Talita, já garantidos pela pontuação no Circuito Mundial de Vôlei.
Em entrevista ao site, o diretor de Vôlei de praia da CBV, Fúlvio Danilas, explicou que essas vagas de indicação ficariam com os times que apresentassem "força máxima" ao longo da corrida olímpica. Os critérios avaliados seriam não só o desempenho e a posição no ranking, mas também as partes física e psicológica de cada equipe.
A dupla masculina deve deixar de fora os campeões olímpicos Ricardo e Emanuel. A dupla feminina vem de bons resultados no ano, especialmente o titulo mundial conquistado na Holanda, em Julho.

Ágatha e Bárbara na disputa do Rio Open, do qual foram vice-campeãs

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Palestra sobre judô com Jefferson Viana

O projeto FACOM nas Olimpíadas recebeu mais um convidado para falar sobre um esporte olímpico. Professor Jefferson Viana, da Academia Brasileira de Treinadores, explicou o judô, as mudanças nas regras e tirou dúvidas sobre essa modalidade tão tradicional e na qual o Brasil já conquistou muitas medalhas. A seguir, você confere a apresentação e os tópicos da palestra.



Saiba mais sobre...

- Arbitragem
- Placar eletrônico
- Local de competição
- O que o jornalista deve observar na cobertura
- Classificação para os Jogos Olímpicos
- Pontuação
- Saudações
- O Treinador
- Preparação psicológica
- Técnicas em pé
- Tempo de imobilização
- Tempo de luta
- Acontecem muitas "zebras"?
- Erros numa cobertura jornalística
- Torcida faz diferença?
- Penalidades
- Técnicas no solo
- Graduações
- Academia Brasileira de Treinadores
- Categorias
- Vestimenta
- Pesagem
- Gestos do árbitro

domingo, 12 de julho de 2015

I Olimpíada – Atenas 1896


119 anos nos separam dos jogos da I Olimpíada, que aconteceram em 1896, e também ficaram conhecidos como os primeiros Jogos da Era Moderna. Seus idealizadores decidiram realizar as competições em Atenas, afinal a Grécia é o berço dos Jogos da Antiguidade.
Alfréd Hájos, campeão olímpico de natação de 1896

O francês Pierre de Frédy, barão de Courbetin, que é mentor do movimento olímpico e fundador do Comitê Olímpico Internacional foi um idealizador dos renascimento dos Jogos tão conhecidos e reconhecidos da Grécia Antiga. O que levou 14 países à participar das competições que ocorreram em nove modalidades: tênis, atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta, natação e tiros.

A cerimônia de abertura ocorreu dia 6 de abril, e a de encerramento no dia 15 do mesmo mês, e dos 14 países participantes, 10 deixaram a I Olimpíada com medalhas. Os Estados Unidos começaram a estabelecer a tradição de sempre levar para casa o maior número de medalhas de ouro quanto possível já nos primeiros Jogos, afinal conquistaram o primeiro lugar já em 1896. A Grécia, país-sede, conquistou o segundo maior número de medalhas de ouro, e o maior número de ranking geral, e coube o terceiro lugar à Alemanha no quadro de ouro. Países da  Europa, Oceania, América do Norte, e América do Sul participaram  da I Olimpíada: Alemanha; Austrália; Áustria; Bulgária; Chile, Dinamarca, Estados Unidos, França; Grã-Bretanha;  Grécia; Hungria; Itália; Suécia; Suíça.

O grego Spiridon Louis, vencedor da maratona 
O primeiros Jogos aconteceram com a participação de 241 atletas, um número consideravelmente pequeno se comparado ao esperado em 2016, que são mais de 10.500 pessoas, entre homens e mulheres. Uma curiosidade:levando em consideração que a participação de mulheres não foi permitida nessa primeira Olimpíada, Stamata Revithi, mãe de um menino de 17 meses, correu a maratona( mais de 42 quilômetros) um dia depois da realização da corrida oficial. Ela não foi autorizada à entrar no estádio para finalizar o percurso, mas terminou a prova em cinco horas e trinta minutos, contanto com testemunhas para verificarem seu tempo de execução.  Revithi pretendia apresentar as assinaturas das pessoas que a acompanharam durante o percurso ao Comitê Olímpico Helênico com a intenção de ser reconhecida como uma participante da maratona, mas nenhum relatório foi foi descoberto com essa confirmação.


Cabe acrescentar que os primeiros Jogos Olímpicos não contaram um pôster oficial, ou um mascote, mas a página da capa do relatório oficial é geralmente usada para referência aos Jogos da I Olimpíada com as datas 776-1896, a acrópole ao fundo e a mulher representando a deusa Atena conforme segue abaixo.